quarta-feira, 7 de julho de 2010

O homem na estrada...


O homem na estrada
Sozinho não caminhou
Traz junto de si a esperança
De todo um povo...

O homem na estrada
Pouco para pra descansar
Pois se para, amanhã o que terá?

Feito maquina, programado numa rotina sofrida
Trabalha sem manutenção,
Até com validade vencida.

E por fim o homem acaba a sua jornada
Sem muito a deixar...

Apenas filhos com fome
De esperança da prosperidade
Talvez um dia chegar...

Foram toda uma vida
Suor derramado, pés e mãos calejados,
Fruto do trabalho pesado e os sonhos?
Volta pro inicio da estrada pois é hereditário.

A felicidade era de poder manter a subsistência
O pouco que dava pra matar a fome
Virava motivo de penitência.
Em Deus uma grande fé
A salvação de todos os problemas.

Questionar a Deus isso quase não acontecia,
Pois se nele não entrega-se a esperança
Em quem diante da desgraça
Alguma coisa esperaria?

Vivendo em um sistema injusto e cruel
Que mata, escraviza e manipula de todas as formas
A grande massa... que sem armas, muitas vezes cega
De visão bem privilegiada não se revida.

Beneficiando apenas uma grande menoria,
Que de gota em gota de cada suor
Formam um oceano para banhar-se
Em alegria.

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